Ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido em sua residência nesta manhã de sábado (22) pela Polícia Federal, marcando um capítulo mais sinistro em sua história política. O mandado de detenção preventiva foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou Bolsonaro um risco de fuga e não cumprir as medidas impostas após sua condenação por tentativa de golpe após as eleições de 2022. A decisão do ministro foi tomada após o senador Flávio Bolsonaro, irmão do ex-presidente, convocar uma vigília nas redes sociais em frente à residência de Jair Bolsonaro, o que foi interpretado como um sinal de perigo iminente.
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A convocação do senador foi considerada um risco de geração de tumultos e, consequentemente, uma tentativa de fuga, incluindo a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada. Essa hipótese foi considerada plausível pelas autoridades, e Moraes ainda citou a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão e a proibição de contato com autoridades estrangeiras, uso de redes sociais e acesso a embaixadas. Além disso, já havia um indício de que Bolsonaro havia desativado temporariamente, e sem sucesso aparente, a tornozeleira eletrônica imposto por conta de sua condenação.
Em meio às alegações de violação, a defesa de Bolsonaro solicitou na sexta-feira (21) a sua prisão domiciliar humanitária, argumentando a idade avançada do ex-presidente e a necessidade de acompanhamento médico. Em resposta, o ministro Moraas decretou acesso a atendimento médico sem restrições de tempo, bem como a necessidade de prévia autorização do próprio STF a todas as visitas, com exceção para os médicos e os profissionais legais da defesa. Em seguida, aguarda-se a realização da audiência de custódia no domingo (23), por meio de vídeo conferência, na superintendência da Polícia Federal em Brasília.