05/12/2025 09:00, atualizado 05/12/2025 09:00

A turbulência política voltou a afetar o Brasil, com o Congresso nacional e o governo Lula 3 em conflito. O cenário é de incerteza e desesperança entre os brasileiros, que se sentem desprovidos de perspectivas para o futuro do país. As pesquisas recentes revelam um aumento significativo no sentimento de indignação de expressivos segmentos da sociedade, que não confiam na capacidade das elites políticas de resolver os problemas do país. A rejeição das elites é agora agravada pelos sinais de caos político em Brasília, especialmente com a campanha de Natal se aproximando. Além disso, a crise do Banco MasterPerplexidades acrescentou mais um entrave à situação política instável do país, que já se acostumou a viver em crises provocadas pelo conflito das elites. Desde o Brasil Império, o país vive dependente de um Poder Moderador para arbitrar esse conflito e mantê-lo sob controle.

O contexto histórico do Brasil é marcado por uma longa tradição de conflito entre as elites politicas. Desde o início do século XIX, o país sempre buscou um Poder Moderador para regular os desentendimentos entre os poderosos. Isso foi feito inicialmente pelo Imperador, logo sucedendo pelos governadores da chamada República Velha, até a revolta de 1930, aí veio o interregno democrático de 1945 a 1964, marcado por crises políticas e econômicas sem precedentes. Após o golpe militar de 1964, os militares assumiram o papel de Poder Moderador e, posteriormente, ao serem derrotados em eleições, veio a Constituinte de 1988 que trouxe ao país uma nova estrutura política. Em 2018 veio o Poder Judiciário à cena como o novo Poder Moderador. No meio disso está a última semana em que todos os poderes foram envolvidos. Agora o STF fazia parte do conflito. O contexto político do país é marcado por uma instabilidade crônica e falta de capacidade de formação de maiorias de governo. Esse cenário é agravado pela expectativa de uma alienação eleitoral recorde em 2026. Estima-se que um terço do eleitorado não se manifestará nas urnas, o que reflete a indignação passiva da população.

As pesquisas retratam a desesperança e a rejeição generalizadas. O país já se acostumou a viver em crises políticas, econômicas e sociais, o que é agravado por uma cultura política patrimonialista que reforça a dependência de um Poder Moderador. A falta de uma solução eficaz para as crises vem se tornando um problema cada vez maior. A sociedade está cada vez mais polarizada e o país está enfrentando um novo ciclo político. A dúvida é se a indignação e a rejeição serão suficientes para gerar um cambio nas atitudes políticas dos brasileiros. Estas são as principais questões que o país enfrenta atualmente, com um futuro incerto e uma sociedade cada vez mais desesperada.

Sem consulta SPC/Serasa
Os 5 melhores cartões de crédito sem consulta SPC/Serasa
×
Crédito para negativados
Cartão de crédito para negativado: conheça os top 5 disponíveis
Exit mobile version