O compositor e cantor Breland provocou uma discussão interessante sobre o uso da inteligência artificial na indústria musical, ao afirmar que as músicas criadas com a ajuda da IA deveriam ser rotuladas como tal. Essa declaração foi feita durante um episódio do podcast Nashville Now, da Rolling Stone, e traz à tona questões importantes sobre a autoria, a criatividade e a ética na produção musical. A ideia de Breland é que os ouvintes tenham o direito de saber se a música que estão ouvindo foi criada por um ser humano ou por uma máquina, o que pode afetar a forma como a música é percebida e apreciada. Além disso, ele também propõe que as receitas geradas por músicas de IA sejam destinadas a bolsas de estudo e subsídios para criativos emergentes, em vez de serem apropriadas por empresas ou indivíduos que não têm um papel direto na criação da música.
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Breland, que já teve sucesso com canções como “My Truck”, está preocupado com o impacto que a IA pode ter na indústria musical, especialmente em um gênero como o country, que valoriza a autenticidade e a emoção humana. Ele acredita que a automação da criação musical pode levar à perda da essência da música, que é uma experiência fundamentalmente humana. Além disso, ele também destaca a questão ambiental, pois a operação da IA requer vastos recursos energéticos e pode contribuir para a destruição do planeta. Ao mesmo tempo, Breland não está contra o uso da IA em si, mas sim defende um uso mais responsável e transparente, que permita que os artistas humanos sejam valorizados e reconhecidos por seu trabalho. Ele acredita que a rotulagem de músicas de IA pode ser um passo importante nessa direção, permitindo que os ouvintes façam escolhas informadas sobre a música que consomem.
A discussão sobre o uso da IA na indústria musical é complexa e multifacetada, e envolve questões técnicas, artísticas e éticas. Por um lado, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para a criação musical, permitindo que os artistas experimentem novas ideias e sons de forma mais eficiente e eficaz. Por outro lado, a automação da criação musical pode levar à perda da autenticidade e da emoção humana, bem como à exploração de artistas humanos. Além disso, a questão da autoria e da propriedade intelectual também é importante, pois a IA pode criar músicas que são difíceis de atribuir a um único criador. A proposta de Breland pode ser um ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre o uso da IA na indústria musical, e como podemos garantir que a criatividade e a autenticidade humanas sejam valorizadas e protegidas nesse processo.
A indústria musical está em constante evolução, e a IA é apenas uma das muitas tecnologias que estão mudando a forma como a música é criada, produzida e consumida. Ao mesmo tempo, as questões fundamentais sobre a autoria, a criatividade e a ética continuam a ser relevantes, e é importante que os artistas, os produtores e os consumidores estejam cientes dessas questões e trabalhem juntos para encontrar soluções que beneficiem a todos. A declaração de Breland é um lembrete importante de que a música é uma experiência humana fundamental, e que a tecnologia deve ser usada de forma responsável e transparente para garantir que a autenticidade e a emoção humanas sejam preservadas.