Nove anos depois de Zootopia (2016) arrecadar US$ 1,02 bilhão e levar o Oscar de Melhor Animação, a Disney Animation estreia Zootopia 2 nos cinemas brasileiros em 25 de dezembro de 2025, com cópias dubladas e legendadas em 2D, 3D, IMAX e telas premium. A espera de quase uma década se justifica, segundo os criadores, pela necessidade de a tecnologia acompanhar a escala que a franquia exigiu: a metrópole ganhou novos distritos, meios de transporte inter-espécie e uma malha urbana 40% maior que o original, tudo renderizado em novo motor proprietário que dobra o número de fios de pelagem simultâneos em cena. A expectativa de bilheteria já coloca a sequência como candidata ao posto de maior lançamento nacional do próximo verão, com pré-vendas abertas desde outubro e sessões adicionais sendo escalonadas para o Réveillon.

Dirigidos novamente por Jared Bush e Byron Howard, o longa mantém a dupla de protagonistas Judy Hopps (voz original de Ginnifer Goodwin; no Brasil, Isabella Fiorentino) e Nick Wilde (Jason Bateman; Marcelo Adnet), mas desloca o eixo narrativo do crime policial para o drama institucional. A trama acompanha os dois agentes da ZPD quando são designados para mediar um comitê interespécies que decidirá o futuro de um novo distrito habitado por animais marinhos, pressionado por lobbies empresariais e por movimentos conservadores que questionam a convivência com espécies “de ambientes opostos”. O roteiro, assinado por Bush e Josie Trinidad, abre mão da metáfora clássica predador/presa para explorar o choque entre culturas e estilos de gestão: Judy, otimista e regimentada, entra em rota de colisão com Nick, cínico e adepto da improvisação, numa dinâmica que remete a filmes de sala de guerra como Bastardos Inglórios, mas com tom cômico e ritmo de buddy-cop. A fotografia de luz e cor, liderada por Nathan Jarabo, adota paletas distintas para cada bioma — frios azulados para o setor de aquários, quentes pastéis para o centro histórico — e emprega câmeras virtuais que simulam lentes anamórficas, conferindo profundidade de campo cinematográfica rara em animação.

A produção de Yvett Merino expandiu o escopo sonoro ao incluir dialetos reais de regiões costeiras brasileiras nos dublês locais, enquanto Michael Giacchino revisita temas do primeiro filme com arranjos de big-band e percussão afro-brasileira. Tecnologicamente, o estúdio implementou um sistema de IA assistiva que prevê reações de pelos e penas em tempo real, reduzindo em 30% o trabalho de simulação manual. Em termos de universo, Zootopia 2 não exige conhecimento prévio: há recapitulação velada nos primeiros dez minutos, mas também expande o mapa para territórios que remetem a mangues, recifes e até uma cúpula submarina, abrindo porta para spin-offs. A mensagem central — “diferenças nos tornam mais fortes”, nas palavras dos diretores — é entregue sem panfleto, estruturada em conflitos internos da dupla protagonista e em dilemas éticos que refletem debates contemporâneos sobre inclusão e representatividade.

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