A Polícia Federal (PF) pediu prazo adicional para concluir a perícia médica destinada a avaliar o estado de saúde do general Augusto Heleno, que está sob suspeitas de ter Alzheimer. A corporação solicitou que o laudo seja entregue até 26 de dezembro, após o prazo original de 15 dias, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A perícia é resultado de suspeitas sobre a saúde do general, que está condenado a 21 anos de prisão no processo da trama golpista e está sendo mantido na prisão.
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A perícia médica foi solicitada pelo STF, após a defesa de Heleno pedir que o general fosse colocado na prisão domiciliar em decorrência do quadro de Alzheimer. No entanto, há uma contradição na defesa de Heleno, pois ele afirmou que teria sido diagnosticado com a doença em 2018, mas a própria defesa sustenta que o diagnóstico só veio em janeiro deste ano. A perícia de Heleno ocorreu no Comando Militar do Planalto (CMP) em 12 de dezembro, com anamnese, exame físico e vistoria do local de custódia. O prazo original de 15 dias para o laudo havia expirado na quarta-feira (17/12).
O general Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão no processo da trama golpista, juntamente com outros altos funcionários do governo Bolsonaro. Além disso, outros sete militares foram indiciados pela PF em decorrência da trama golpista, que teria sido planejada para impedir a posse do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. A perícia de Heleno é apenas mais uma das etapas do processo, que pode ter implicações significativas para a saúde e o futuro dele.
A solicitação da PF de prazo adicional para o laudo pode atrasar a decisão do STF sobre o recurso da defesa de Heleno, que pede a colagem do general na prisão domiciliar. A PF argumenta que o perito médico responsável pela perícia precisou de mais tempo para avaliar a saúde de Heleno e fazer a análise detalhada dos documentos apresentados pela defesa. A PF e o STF não divulgaram informações adicionais sobre a perícia ou a defesa de Heleno.