O Japão acusou a China de ter visado “perigosamente” dois aviões de combate japoneses próximo às ilhas de Okinawa, em resposta a um exercício militar chinês no Pacífico. O ministro japonês da Defesa, Shinjiro Koizumi, afirmou que a iluminação do radar chinês foi além do que era necessário para o voo seguro da aeronave, e que o Japão apresentou um protesto às autoridades chinesas pelo incidente. A acusação foi feita no sábado (06/12) e não causou danos aos pilotos nem às aeronaves.

As autoridades japonesas afirmaram que os aviões de combate japoneses estavam perseguindo as aeronaves chinesas a uma distância segura e não tomaram ações que pudessem ser interpretadas como provocação. Koizumi afirmou que o Japão responderia de forma “resoluta e calma” à China, para manter a paz e a estabilidade regional, durante um encontro em Tóquio com seu homólogo australiano, Richard Marles. Marles afirmou estar “profundamente preocupado” com a situação e prometeu que seu país continuaria a cooperar com o Japão para “manter a ordem baseada em regras”. As relações entre os dois gigantes asiáticos azedaram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, e a China tem aumentado sua presença militar na região.

O exercício militar chinês no Pacífico foi realizada com o porta-aviões Liaoning, que manobrava em “águas internacionais a sudeste da ilha de Okinawa” com três mísseis destróieres. O governo chinês negou ter visado os caças japoneses, e um porta-voz da Marinha china disse que as aeronaves japonesas se aproximaram diversas vezes e atrapalharam os militares durante a execução de um treinamento de voo baseado em porta-aviões, previamente anunciado, a leste do Estreito de Miyako. A China também exige que o Japão restrinja suas ações na linha de frente e pare de difamar e caluniar seus militares.

Segundo o jornal japonês Mainichi, o radar em um avião de combate é usado tanto para localizar objetos quanto para apontar seus mísseis, de modo que um piloto que recebe um alerta de radar não tem como saber quais são as intenções da outra aeronave. O Japão não detalhou como respondeu à ameaça, mas disse que os caças japoneses foram visados por dois caças chineses lançados do porta-aviões Liaoning. A situação é vista como um aumento da tensão na região, e os dois países estão em um processo de negociação para resolver a questão.

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