No dia 1º de dezembro de 2025, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua visão sobre a Força Nacional de Segurança, classificando-a como um “mito” que não funciona, durante um encontro com empresários. Essa declaração ocorreu em um momento de intensas discussões sobre estratégias de combate à criminalidade no país. A afirmação de Mendonça, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, surgiu simultaneamente à proposta da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, de criar uma Guarda Nacional Civil, que teria o papel de substituir as Forças Armadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

A crítica do ministro André Mendonça destaca as dificuldades de cooperação entre os diferentes organismos de segurança no Brasil, apontando “brigas” e “desconfianças” entre as corporações como os principais obstáculos. Ele compartilhou uma experiência pessoal, mencionando que, durante seu período como ministro da Justiça e Segurança Pública, tentou desenvolver uma cooperação com o Estado de São Paulo, mas enfrentou resistência devido a questões de competência. Essa visão reflete as complexidades e desafios institucionais presentes no sistema de segurança pública brasileiro, onde a coordenação eficaz entre as diferentes forças de segurança é frequentemente dificultada por rivalidades e interesses corporativos. A proposta da Fundação Perseu Abramo, por sua vez, busca estabelecer uma solução para esses problemas, sugerindo a criação de uma nova instituição policial da União, que atuaria em todo o território nacional, especialmente nas fronteiras e na Amazônia Legal.

A proposta de criar uma Guarda Nacional Civil, apresentada pela Fundação Perseu Abramo, envolve a substituição gradual das Forças Armadas nas operações de GLO por uma força de segurança civil específica. Essa medida é defendida como uma forma de ampliar a presença do Estado em áreas críticas, como as fronteiras e a região amazônica, e de melhorar a coordenação entre os diferentes organismos de segurança. A ideia é que essa nova força seja estabelecida por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o que indicaria um processo de reforma institucional mais amplo e profundo. A criação de uma Guarda Nacional Civil poderia representar um passo significativo na reestruturação do sistema de segurança pública no Brasil, potencialmente superando algumas das limitações atuais, como a falta de cooperação entre as forças de segurança e a dependência excessiva das Forças Armadas para lidar com questões de segurança interna.

As declarações do ministro André Mendonça e a proposta da Fundação Perseu Abramo refletem a complexidade e a urgência das questões de segurança pública no Brasil. A discussão sobre a eficácia da Força Nacional de Segurança e a possibilidade de criar uma Guarda Nacional Civil estão no centro do debate sobre como o país pode melhorar sua capacidade de combater a criminalidade e garantir a segurança de seus cidadãos. Essas questões institucionais e políticas têm implicações significativas para a segurança e o desenvolvimento do país, tornando necessário um exame cuidadoso e uma discussão aberta sobre as diferentes propostas e estratégias apresentadas.

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